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      Coloco o copo vazio sobre a mesa, penso “mais uma dose”, uma tentativa vã de esquecer algo que me perturba, mas o problema não vai, a bebida não é suficiente, procuro uma resposta para o problema, não há encontro, acendo um cigarro, tantos e tantos acessos e posteriormente apagados, eis que me coloco na posição de dono, afinal de contas está é a minha vida, nela sou “eu” que mando, mas o que sou “eu”? Aonde foi que eu me perdi e por que não consigo me encontrar mais, como uma peste que se alastra pelo meu corpo, me corrói a memória, me esqueço do básico ou será que faço isso numa tentativa tola e fútil de fugir de algo mais importante, buscar a solução de um problema... será este a minha forma de fugir de mim?
Tantas mudanças se abateram sobre mim, não sou mais aquilo que era, busco nas lembranças algo de familiar (?), uma imagem, um som, uma paisagem, uma palavra, um aviso, nada, não que não haja nada para encontrar, mas minha visão está turva, perco o principal o sutil, o realmente necessário, não vejo aquilo que tenho que ver, busco o inalcançável, mas esqueço das minhas pernas, tento pegar o ouro dos céus, tolo, nem estou de pé! Onde está o principio, por que não encontro àquilo que mais necessito, minha mente queima, meu ser flameja e nada consigo ver se não o premio final, porém como alcança-lo? Como encontrar o caminho correto.
Mais e mais questões nascem a cada dia, vejo nos olhos do meu rebento a curiosidade dos novos, a mesma curiosidade que me alimentava o que está nele que não está mais em mim, tolice a minha buscar no outro aquilo que me escapa tolice a minha buscar a maravilhosa complexidade quando o simples me escapa. Uma areia fina que escorre e escapa de mim, e lá se foi o que tinha que ter ficado, mas eu não sei o que tinha que ter ficado, ou talvez saiba, mas minha mente torpe e angulosa não percebe o que é o sutil. Sento-me. Penso. Durmo e sonho, acordo e não me lembro. O que acontece quando ninguém vê o que está acontecendo? Será que ainda acontece ou será que fica num estado letárgico esperando alguém ver? Muita importância se dá para aquilo que não é necessariamente importante, o que muda se algo acontece ou não quando ninguém está vendo, preocupações e perguntas tão complexas e o simples da vida, mas o que é a vida – vê mais uma questão complexa – e nem sempre necessária, buscarei aquilo que necessito, mas como buscar algo que necessito se eu não sei o que necessito e o que é necessitar é uma espécie de vicio? Ou uma simples questão há ser respondida, quem é que decide o que é “o simples” e o que é o “complexo”? Pois, mesmo que eu nada busque isso por si só já não é uma busca? Nada, o que ele é?
Ontem, o dia que se passou tão rápido, tão rasteiro, tão desnecessário, fui dormir com a impressão que mais um dia foi para o lixo, não era um dia para ser lembrado, nem para ser esquecido, simplesmente um dia que não teve nada de importante, há não ser o fato de ele ter ocorrido, não espero o entendimento deste dia, acabou.
Acho estranho quando isso acontece, nada de importante em um dia, nem bom nem ruim, isso me traz um sentimento tão ruim átona, é como se o que foi feito tivesse sido anulado automaticamente, confesso que fico e estou agoniado com isso, tento buscar na memória qualquer coisa, uma palavra, uma imagem, um som, um gesto, um comentário, uma reles frase que seja, nada, absolutamente nada vem a mente, foi um dia que existiu, mas que ao mesmo tempo não existiu.
O que sinto quando isso acontece não se deve em suma ao dia que não teve importância, mas sim quando isso extrapola o dia e se torna regra de uma vida, ou de um sentimento, é mais ou menos como escutar uma linda musica, até que um dia ela perde o sentido e o que era belo se tonar apenas um barulho, que não incomoda, mas também, não agrada em nada, perde-se o sentido de ser, apenas sobra o agir desnecessário.
Algumas coisas que eu sinto no momento caminhão para este fim, e o que devo eu fazer? Não faço a menor idéia, já que é inerente a mim, isso já vem apriori, estou perdendo o que me ligava a isso, o rosto não tem mais a mesma exatidão, a voz já perdeu o seu timbre original, o cheiro se perdeu no meio de tantas outras coisas. Tudo esta apagando, como um mapa muito velho que levava a um tesouro, e hoje este mapa esta no fundo de um baú e a única pessoa que sabe disto esta morrendo.
Não creio que sentimentos morram, creio, sim, que eles se transformam, mas e quando eles são simplesmente esquecidos? Ou quando eles mudam para algo que não quero?
Esqueci qual o propósito deste texto. Só me restou a Agonia de ainda estar vivo.
Ainda não terminei de escrever este poema, esta travado, faz mais de 6 meses que ele (o poema) esta quase que sem mudanças...



Uma Rapsódia...

Em seus olhos castanhos,
Eterno brilho dos belos olhos insanos,
Seguram-me neste plano, fazendo-me sorrir...
Todas as canções, tão harmoniosas...
Tudo orquestrado por mim, tudo para ti,
Calcado em segmentos pouco explorados do seu ser
Para o meu ser, fazendo-me cantar mudamente com os lábios
Caindo em suas curvas, sentido o seu perfume,
...leve, doce e suave, quanta mistura... eis que surge...
Minha quimera, minha gloria!
Forjada na luxuria, no deleite do gozo!
Embalada no ventre da Deusa

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Mostra-me seu ser.
Venha correndo, veloz como o vento
suave como uma brisa,
imortal... meu lindo furacão

Mostra-me sua voz.
cante para mim, senhora, oh! minha dona
rasgue meu ser com seu timbre
até que eu adormeça em teus seios

Mostra-me seu corpo.
sua pele, sua forma...
desnuda-te para mim, deixe me tocá-la
preciso senti-la

Mostra-me sua alma.
grite!... oh! malévola, quero-lhe,
minha amada, Deusa dos meus devaneios
senhora do meu ser.

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Quedo-me a vê-la, lançada em meus braços,
tantas... mas só uma me importa,
veja! a lagrima que corre...
discreta e concreta
Nascida de Baco, a ninfa, ah! Bela Ninfa.
Corri no bosque, fugindo de algo,
eis que tu me salvas, naquela noite,
tantas horas fugindo...
e no eterno brilho dos belos olhos insanos,
encontrei refugio, tantos mistérios...


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Petrificado no mundo dos mortos-vivos,
Escapei da inércia, foi naquela noite de chuva...
Foi no som daquela musica,
Entoações d’uma sereia,
Com o sabor do mel, arrancaste-me
D’um mar de fel, quantas dores...
Lamurias do passado.
Agora sim do passado.
Tudo ficou no passado...
Tudo tão oportuno!

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Toque-me com suas assas,
Faça-me sorrir, tu és minha elegida,
Eu sou teu elegido?
E assim vou.
Furando as nuvens,
Evaporando o mar,
Rasgando a terra,
Dissecando o fogo.

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De todo o meu ser,
De todo o meu não ser,
De sentir a melodia transpassar o meu ser,
Sinto as emoções extra-humanas,
Sinto o desejo de lhe possuir,

Quase que uma necessidade,
Preciso lhe ver, sentir seus olhos em mim,
Preciso lhe ouvir, sentir tuas palavras rasgarem o restante do meu ser,
Preciso lhe tocar, sentir tua pele cálida, derretendo o gelo que me envolve...

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Abrace-me, pois o teu silencio me consola,
Suas palavras mudas fazem com que meus ouvidos vibrem,
Há alegria em minhas palavras mórbidas,
Consolo-me em saber que há um fim,
Há um fim, mas tu serás o meu inicio!

Ao fugir... eu vi, entre árvores um pedaço do céu...
Tão lindo, tão puro, tão distante...
Corri. O medo me dominava... Corria!!!
Mas o céu me acalmava, era tudo tão belo,
Chorei, soluços de alegria eclodiam de meu peito,
Mas não parava de correr...
Na clareira, cai de joelhos, foi lá que tu me encontraste.
Sedutora, porém fatal, minha bela víbora!
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Espero um dia poder terminá-lo, acho ele bem interessante, talvez só eu entenda, mas já estou me acostumando com este fato!
Era um dia comum, mais um dia qualquer... Não havia nada de importante neste dia, nem uma lembrança em especial, há não ser minha decisão, acordei por volta das 10 horas, tomei um banho, comi alguma coisa que eu não me lembro, nem sei se gostei ou não do que comi, simplesmente não me lembro do que comi, ações sistemáticas são sempre facilmente esquecidas, toda vez que tento lembrar de algo que faço como rotina acabo falhando. Falhei varias vezes, muitas destas falhas foram comigo mesmo, isso me martirizou por um bom tempo, mas agora tudo isso não tinha mais importância, só o que importava era o meu plano, há uma decisão, só tinha que sair do teórico e colocar na pratica simples, certo?
Peguei um ônibus rumo ao metro, meu plano era simples, e com este singelo gesto eu coloquei-o em pratica, me alojei ao lado da janela, no assento mais alto, queria ver a vista, sempre via a mesma paisagem, mas neste dia tinha algo de diferente, talvez o fato de ser simplesmente o começo da minha decisão ou o fato de eu ter compreendido finalmente como cada momento e único e diferente, sei que isso foi redundância, mas não pedirei desculpas por isso.
Foi uma rápida viagem, menos de 20 minutos, como de costume eu escutava musica, nunca consegui ficar muito tempo sem musica, era um fato! eu precisava de musica, meu combustível eram notas musicais... Eu era mais um, mais um na multidão, com a única diferença que eu estava colocando minha decisão em pratica, as pessoas que ao meu lado estavam, não tinham a menor importância para mim, um bando de desconhecidos que eu nunca saberia o nome, contudo, eu também era um desconhecido para elas, nunca saberiam o meu nome... Pensava sobre isso em quanto Radiohead gritava em meus ouvidos, a bela melodia deles, conclui que nada do que pensei nos últimos 20 minutos tinha uma real importância, me condicionei a ser mais um, as pessoas ao meu redor e além delas, se condicionaram também, vivo num mudo de condicionamento e massificação.
Isso não é culpa de ninguém, tudo isso começou com um desleixo, gosto de pensar que isso aconteceu porque alguém estava cansado de ser diferente e quis ser igual a todos, o restante gostou da idéia e assim surgiram as grandes massas, brancos, negros, indígenas, católicos, evangélicos, espíritas, mulçumanos, judeus, pagãos, entre tantas formas de uma massificada diferenciação, ridícula e fadada ao mais pífio fracasso... mas isso não é problema meu, minha decisão me tirava deste patamar e me colocava em meu devido lugar, minha decisão era simples, era poder Escolher o que eu quero fazer, qual o problema de gostar de um determinado tipo de musica e não de outro? Tem gente que gosta de pagode, eu prefiro outra trilha sonora para minha singular vida, isso não me faz superior ou inferior a outro, só é uma pequena parte do que eu sou.
Fiz a primeira baldeação, peguei um novo trem, rumo ao Paraíso, irônico... já que minha decisão passava por um lugar que se chama Paraíso, adoro a Paulista, toda a frieza e correria que lá está, nunca tive tanta vontade de morar em um lugar como tive de morar na Paulista, coisas do passado, já que agora minhas escolhas me levavam a um lugar bem mais simples e discreto. Depois de alguns minutos eu percebi que estava em movimento, foi justamente quanto um cara, com mais ou menos a mesma idade que eu tinha passou por mim, ele conseguiu ser o cara mais estúpido que eu já tinha visto, custa pedir com licença antes de passar? A meu ver não. Mas para ele custava, custava tanto que escutei, mesmo com os fones de ouvido no máximo, os outros passageiros reclamando, engraçado perceber que isso não mais me incomodava, eu tinha um propósito, tinha uma decisão a colocar em pratica, não era um rapaz mal educado que me atrapalharia... Radiohead continuava a gritar em meus ouvidos, isso era um fato bom que me agradava.
Desci no Paraíso, sempre escutei um dito popular extremamente ridículo, o casamento e que nem a Paulista, começa no Paraíso e terminha na Consolação, eu resolvi seguir este caminho, andei do Paraíso até a Consolação, neste meio tempo, comecei a realmente ver o que era a tão linda e caótica Avenida Paulista, seus altos edifícios, sua frieza e agitação, percebi como era estranho... na realidade a Paulista não era a avenida da frieza, às pessoas que lá estavam eram frias, nunca ninguém parava para analisar aquela beleza cinza... isso dominou a minha mente por um tempo, até que um morador de rua roubou a minha atenção, segui ele com os olhos, o ar me trazia o cheiro fedido, pútrido e nefasto dele, como alguém pode chegar a tal ponto? Ele deve ter alguma coisa, alguma coisa dever fazer com ele lute todos os dias para estar vivo, achei graça desta ‘coisa’, não estava de chacota com ele, mas é engraçado (no bom sentido) ver uma pessoa lutando para ser alguém, a parte cômica fica nas perguntas, para que ser alguém? Ou, isso é tão importante a ponto de fazer com que alguém jogue a própria vida no lixo a ponto de querer ser alguém? Também temos, Vale tanto a pena ser reconhecido por um monte de gente? Dou graças por não saber a resposta para estas questões...
O mendigo se foi... nunca gostei do termo mendigo, sempre preferi o eufemismo “morador de rua”, acho mais valido. Ele se foi eu continuei indo, indo rumo a Consolação, parei quando vi um chinês na rua vendendo maçarão, fui a passadas largas, firmes e rápidas na direção dele, comprei o dito maçarão e o devorei na rua mesmo, um ato bem paulistano, não há nada mais paulistano do que comer na rua para não perder tempo... Terminado o ato da alimentação, não hesitei ascendi um bendito (e amado) cigarro, e voltei a minha jornada, não demorei muito até chegar a Consolação, fui até o final da Paulista, minha mente funcionava a mil por hora, vários pensamentos me assolavam, não dei muita atenção a eles, para que? me perguntava... continuei a andar e quando estava a um passo de sair da grandiosa e bem vista Avenida Paulista, eu, com total simplicidade dei um giro e me dirigi até o Vão Livre do MASP, adorei o MASP desde o dia que eu o vi pela primeira vez.
Mágico, era este o adjetivo que eu utilizava para defini-lo, nenhum outro termo teria o mesmo impacto, somente este termo era bem vindo a minha mente... Por este e mais trilhões de motivos eu decidi que o final mais apropriado para a conclusão da minha decisão era o Mágico MASP, um lugar que guarda cultura, teria uma coisa a mais para guardar, fiquei tentado em dar uma rápida passada pela Rua Augusta, mas não, não podia, simplesmente não podia desvirtuar a minha decisão, teria que ser forte por isso, deveria ter pensado na Rua Augusta antes, foi uma pena eu ter esquecido-a, realmente uma pena lastimável, decidi que minha entrada no Vão Livre seria magistral, olhei bem em quanto me aproximava, decidi ir bem pelo meio, todos, todos que estavam naquele lindo lugar me veriam chegar, fui andando com um ar imperial, eu era a Impetuosidade, parei no meio do pátio, acendi outro cigarro e o terminei ali mesmo, fiquei um 10 minutos parado olhando ao meu redor, vendo a cidade, eu me senti como uma extensão da cidade, uma parte viva dela.
As pessoas me olhavam com certa curiosidade, ficavam pensando como alguém simplesmente pararia no meio do suntuoso Vão Livre do MASP, a meu ver era um lugar tão simples e minimalista que se tornava suntuoso, alguns pensavam que eu era um turista, outros mais agressivos pensavam que eu era um turista idiota, alguns só idiotas, mas eu era uma pessoa que tinha uma decisão e ponto final, nem uma coisa nem outra, era simplesmente uma pessoa que demorou muito tempo, mas que finalmente decidiu o que ia fazer da própria vida, a muito custo eu dei o passo que iniciaria a ultima etapa da minha jornada, era um pequeno começo, um único passo que representaria um grande e glorioso clímax, o clímax de toda uma vida.
Então eu andei. Simples assim... eu andei não muito verdade seja dita, não dei um misero minuto de caminhada, mas eu andei! Todos me olhavam, não senti medo ou vergonha por ser, por alguns instantes o centro das atenções, não olhava para o lado, nem para baixo, muito menos para cima, meu foco estava bem a minha frente, para lá que eu olhava, para frente, somente para frente. Subi nos degraus, dava para se sentar com certo conforto neles, mas isso não era o meu objetivo, subi um de cada vez, sem presa, cada um continha um sentimento, cada um era único, mesmo eles sendo iguais, eles eram diferentes, na sua construção começou a diferença, cada segundo que se passava uma pequena diferença nascia, por isso eles eram idênticos mais diferentes. Subi o ultimo, era como se eu pudesse ver o mundo todo, ok!, exagero de minha parte, não podia ver todo o mundo, mas podia ver grande parte da cidade, as pessoas começaram a se aglomerar ao meu redor, finalmente minha decisão se tornou conhecida de todos, de longe eu escutava algumas vozes, nenhuma importante, era só bando de pessoas falando alto, olhei para trás, não tinha ninguém em especial atrás de mim, somente olhei para trás, dei um sorriso, um meigo e simples sorriso, as vozes cessaram, tudo era silêncio, tudo era como deveria ser...
Juro-lhe que não senti dor.
Mas eu saltei. Foi uma queda rápida, sem dor e sem medo, não havia raiva, ódio ou qualquer outro sentimento depreciativo, só realizei a minha vontade, fiquei feliz por isso, alguns falaram que eu fiz uma grande merda, outros tentaram entender o que me levou a fazer tal feito, mas nunca entenderam que esta era a minha vontade, esta era a minha Decisão, por isso eu pulei, foi exatamente como eu esperava, no que o meu corpo caia, eu via, sim eu via, não fecharia os olhos no momento mais glorioso da minha vida, eu via todo o mundo, nestes 3 segundos, eu vi toda a minha vida, não foi um filme que passou na minha frente, vi que minha vida durou não anos, mas 3 lindos e maravilhosos segundos. Esta foi a minha decisão. Assim foi feito.
Fiquei lá, feito um doente mental, tudo era novidade, nada tinha o mesmo sabor, a mesma cor, não tinha o mesmo brilho, nem o mesmo visual, tudo era novo, tão novo que cheirava como um tênis recém comprado. Tudo era tão novo.

Confundi-me com tanta novidade, me assustei, resolvi me esconder, não era só por medo, eu só queria ver o que estava acontecendo, mas fui tolo, sai do meu esconderijo, mostrei-me. Fui pego. Cai em uma rede nova, tudo era novo, o cheiro, o sabor, o tom, a cor, o som, nada era diferente do que era outrora, mas tudo tinha uma vibração nova, tão nova que tudo parecia que era novo. Errei..., nada e novo, só se muda a roupagem. Mas fui tolo.

Pareceu-me que eu tinha ganhado, mas o presente veio com ‘itens’ que eu não esperava e nem queria, tudo isso me deixou confuso, o passado que não me pertence hoje me assombra e rouba meu descanso, perco horas e mais horas, sim eu às perco, não são horas de prazer, são horas de desespero angustiante, sem percepção...

Uma duvida me assola, deveria eu ter continuado escondido?

Eu sei que não. Mas fui tolo. Tudo era e é tão novo.















Sempre a mesma correria de sempre, nada de muito importante para se fazer, sabe aquele dia em que nada tem real importância? Quanto tu crês que será mais um dia igual a todos os outros? Sempre as mesmas coisas, as mesmas responsabilidades, os mesmos caminhos os mesmos destinos, nada muda, nada nunca muda.
Nesta hora vêm àqueles pensamentos, será que minha vida vai ser assim para sempre? Digo até o meu ultimo suspiro? ... Tudo de repente vira certeza, nada vai mudar, mas como tudo gira ao redor da ironia e do cinismo cósmico, de repente tudo muda.
Claro que sempre me pega na contramão, nunca vem quando eu espero que ou quero que venha, parece sacanagem, mas é assim que funciona as coisas, tudo se mostra o mais irracional possível, digo irracional, por que eu utilizo ou tenho utilizar sempre a razão para analisar tudo, é nesta hora, justamente nesta hora que eu peco.
Não tem nada para analisar, é somente viver, custa muito deixar as coisas seguirem o seu rumo natural? Donde vem esta mania ignóbil de tentar controlar tudo? Tenho eu cara de Deus? Por acaso minha prepotência é tamanha que eu não consigo simplesmente contemplar a vista e admira-la?
Gostaria de ter uma guilhotina, não, não me vou auto degolar, só gostaria de colocar um ponto final nesta minha parte que pensa que a razão e o motor universal, quando na realidade não há um motor universal, se eu tenho um bom momento, isso que dizer apenas que eu devo vivê-lo e não disseca-lo...
Quase perdi algo de extrema valia para mim, por esta mania estúpida de tentar racionalizar tudo, quando na realidade eu só tenho que viver... Ainda bem que um beliscão bem dado me mostrou a real realidade, meu mundo de faz de conta tem horas que me prega peça!!!




Ps.: Teve uma guria que fez o dia raiar de forma muito diferente... Ao som de Placebo...
De um modo geral, completamente sem nexo, percebo que nada pode ser melhor do que um dia foi, tudo vai passando... Não que as ‘coisas’ definhem, mas no momento que (elas) aconteceram, foi o auge daquele momento, não poderia ser de outra forma, ou poderia?
Não procuro uma forma de corrigir erros, aconteceram... é a vida, mas se por outro lado eu tivesse agido diferente, quem me garante que eu não obteria os mesmos resultados? Talvez um pouco diferentes, mas não creio que a essência mudaria muito...
Não há arrependimento, sempre fui sincero comigo e com os outros, tudo esta mudando de uma forma maravilhosamente mágica-tragica-epica-poetica-bacaninha, tudo aos poucos toma forma, tudo segue uma lógica completamente ilógica para mim, não sou nem um adolescente nem um adulto, digamos que estou entre um é outro, isso me coloca em um ponto extremamente favorável ao mesmo tempo em que totalmente desfavorável, nesta fase da minha vida eu posso ser totalmente mutável, mas também é à hora d’eu mostrar a minha essência, coisa difícil, mas necessária.
Tive grandes derrotas, grandes perdas, perdi amigos, a morte me levou uma amiga, os erros me levaram outros tantos amigos, a distancia me tomou alguns, os que ficaram estes são grandes, mas os que se foram também são grandes, penso neles diariamente... Sinto falta de vê-los sorrirem... Eu fico não tenho escolha, pelo que sei ainda não é minha hora de partir, (os deuses) querem que eu fique mais um pouco, não vou mentir, não vejo a hora de ir-me...
Drama? Talvez, amo tanto a vida quanto ela me ama; quem será o Tom e o Jerry eu não sei, mas eu tento fazer o meu melhor, sei que não é o suficiente, mas é o meu melhor... Evoluir e demorando sem contar que é muito cansativo, nem sempre, ou quase sempre, não se obtém o resultado esperado, mesmo assim eu tento, dia após dia.
O que me consola, e o que eu vejo ao meu redor, isso me consola, mas tenho medo... Será que um dia tudo será como eu sempre sonhei?
Acho que não.




Naquele dia eu não chorei na sua frente, pois eu deveria ter chorado, deveria ter gritado, deveria ter lhe batido até seu corpo cair sem a chama da vida na minha frente, deveria ter vomitado tudo que sinto e penso, deveria ter sido sincero, mas, não fui.
Hoje, como sempre faço, fico me remoendo dentro de mim como se nada que eu tivesse feito fosse bom, largar-me-ei numa cadeira qualquer, escutarei suas queixas. Em quanto as minhas? Elas lá continuaram, mas isso não e problema seu, talvez meu, mas isso eu verei outra hora, claro... sempre há uma outra hora para mim.


Ps.: Volta, Oh! Volta o cão arrependido!
PS. 2: Isso só eu vou entender.
Ps. 3: Não vou explicar isso nunca.
Ps. 4: Meu DRAMA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! TODO MEU.
Tem horas que nada é tão bom como ter alguém especial na vida, tem horas que nada é tão sublime como se sentir especial na própria vida, tem horas que nada é tão supremo como se sentir bem frente ao espelho, tem horas que são somente horas, é nós não temos nada, não temos ninguém especial, não nos sentimos especais e não ficamos bem frente ao espelho... Tem horas, que não deveria existir.
Mas elas existem, sempre colocando a fé em xeque, uma piada sádica desprovida de toda e qualquer graça ou finalidade, somente uma piada de péssimo humor negro, ela vem subjuga tudo o que temos de melhor e expõem, sem esquecer-se de maximizar, os nossos ‘singelos’ e queridos demônios internos, não que seja ruim ter-los, ao contrario, acho que é até uma coisa boa ter-los (claro que depende da importância que damos a eles), porém (sem há um porém) tem horas que eu quero e preciso de PAZ.
Gostaria de ter um pequeno botão na base da nuca, um pequeno botão escrito, ‘Desligar quando precisar de paz’, me pergunto o que leva uma pessoa a remoer e remoer determinados pensamentos? (claro que não vou citar nenhum).
Seria fácil ou até mesmo cômodo ter um botão deste tipo, porém, PUTA QUE PARIU... não tenho um desses, o que me da a certeza de ter que agüentar estes demônios sem graça e com um tom na proveitoso de ironia e sarcasmo, mas neste meio tempo, talvez eu repense o meu jeito de ser, mas ai bate outro pensamento-demônio, o que eu farei sem meus demônios? Sou eu que alimento eles, sou eu que dou força e permito que eles ‘brinquem’ como quiserem, no fundo, no fundo, tem até um gosto bom.

Será que eu virei Masoquista?